Diferencia entre revisiones de «ITABIRA – CORONEL FABRICIANO; (Minas Gerais) – Diocese»

De Dicionário de História Cultural de la Iglesía en América Latina
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A diocese de Itabira foi oficialmente criada no dia 14 de junho de 1965 através da Bula ''Haud Inani'' do Papa Paulo VI.  
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A diocese de Itabira foi oficialmente criada no dia 14 de junho de 1965 através da [[BULA | Bula]] ''Haud Inani'' do Papa Paulo VI.  
  
 
Dela faziam parte os 28 seguintes municípios, sendo seis desmembrados da Arquidiocese de Diamantina – Braúnas, Itambé do Mato Dentro, Morro do Pilar, Passabém, Santo Antônio do Rio Abaixo e São Sebastião do Rio Preto – vinte e dois da Arquidiocese de Mariana: Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ferros, Itabira, Ipatinga, Jaguaraçu, Joanésia, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Maria do Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, Timóteo. Atualmente ela abrange 24 municípios,<ref>Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ipatinga, Itabira, Itambé, Jaguaraçu, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Passabém, Rio Piracicaba, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, São Sebastião do Rio Preto, Santana do Paraíso, Timóteo.</ref>nos quais reside uma população de mais de 800.000 habitantes.   
 
Dela faziam parte os 28 seguintes municípios, sendo seis desmembrados da Arquidiocese de Diamantina – Braúnas, Itambé do Mato Dentro, Morro do Pilar, Passabém, Santo Antônio do Rio Abaixo e São Sebastião do Rio Preto – vinte e dois da Arquidiocese de Mariana: Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ferros, Itabira, Ipatinga, Jaguaraçu, Joanésia, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Maria do Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, Timóteo. Atualmente ela abrange 24 municípios,<ref>Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ipatinga, Itabira, Itambé, Jaguaraçu, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Passabém, Rio Piracicaba, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, São Sebastião do Rio Preto, Santana do Paraíso, Timóteo.</ref>nos quais reside uma população de mais de 800.000 habitantes.   
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Revisión del 23:41 7 dic 2016

A diocese de Itabira foi oficialmente criada no dia 14 de junho de 1965 através da Bula Haud Inani do Papa Paulo VI.

Dela faziam parte os 28 seguintes municípios, sendo seis desmembrados da Arquidiocese de Diamantina – Braúnas, Itambé do Mato Dentro, Morro do Pilar, Passabém, Santo Antônio do Rio Abaixo e São Sebastião do Rio Preto – vinte e dois da Arquidiocese de Mariana: Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ferros, Itabira, Ipatinga, Jaguaraçu, Joanésia, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Maria do Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, Timóteo. Atualmente ela abrange 24 municípios,[1]nos quais reside uma população de mais de 800.000 habitantes.

Mas a ocupação da região pelos sertanistas e primeiros exploradores das pepitas de ouro, junto ao pico do Cauê, que contava com 1.600 metros de altitude, retrocede ao início do século XVIII. Neste processo histórico, a Igreja Católica foi instância tanto religiosa como social: a ereção do povoado de Itabira, nas cercanias da freguesia de Santa Bárbara do Mato Dentro, ocorrida em 1705, é comumente atribuída aos padres Manuel do Rosário e João Teixeira Ramos, que ali levantaram uma capelinha dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

Em 1718, a localidade do «campo da Itabira» já era conhecida como “covil de ladrões e negros fugidos que infestavam os caminhos circunvizinhos dos quais se tinham desviado os passageiros pelos roubos e hostilidades que padeciam, e depois [...] lhe queimavam os ranchos e quilombos... pondo os caminhos desimpedidos”.[2]Pouco depois, em torno de 1720, paulistas liderados por Salvador e Francisco de Faria Albernaz já se encontravam estabelecidos nas minas do Itambé, ao norte de Itabira.[3]

Esta data também é tida, nos documentos de criação da diocese, como marco da cronologia fundadora da localidade: “Itabira surgiu em 1720, fundada pelos mineradores Francisco e Salvador Faria de Albernaz, com o nome de Nossa Senhora do Rosário de Itabira, após a descoberta do ouro”.[4]A diocese está localizada no Estado de Minas Gerais na região sudeste.

Itabira, sede do bispado, se encontra na região nordeste da capital; e Coronel Fabriciano, co-sede, localiza-se a leste da capital do Estado. A constituição conjugada da diocese como Itabira-Cel. Fabriciano ocorreu em 1979. A pluralidade da Diocese apresenta-se não somente em sua estruturação institucional, traduzida por sua titulação - Itabira-Coronel Fabriciano – e suas duas catedrais – do Rosário e de São Sebastião - mas também no esforço em combinar-se um forte comprometimento das pastorais sociopolíticas e missionárias com atenção à formação e à espiritualidade.

Cabe, portanto, dizer que, na contemporaneidade, a Diocese vem percebendo que o maior desafio para o fortalecimento de sua «identidade» não esteja tanto na organização canônica da Igreja local, com suas diferentes instâncias, calendários e fóruns, mas sobretudo na redescoberta do que significa ser cristão no mundo de hoje, no estado de Minas, no Vale do Aço, na porta de nossas casas, onde vigoram tanto sofrimento, tanto vazio, tanta angústia, nas mais diferentes facetas.

Nos seus 50 anos de história ela foi governada por cincos bispos: Marcos Antônio Noronha (1965-1970), Mário Teixeira Gurgel (1971-1996), Lelis Lara-C.Ss.R (1996-2003), Odilon Guimarães Moreira (2003-2013) e o atual (2016) bispo diocesano Marco Aurélio Gubiotti.

NOTAS

  1. Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Ipatinga, Itabira, Itambé, Jaguaraçu, João Monlevade, Marliéria, Mesquita, Nova Era, Passabém, Rio Piracicaba, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal, São Sebastião do Rio Preto, Santana do Paraíso, Timóteo.
  2. CARRARA, Ângelo. Contribuição à História Agrária de Minas Gerais. Mariana: Ed. UFOP, 1999. p. 31.
  3. A reconstituição histórica do surgimento do arraial de Itabira ainda é controversa. Para Francisco Ignácio Ferreira, a descoberta das minas de Itabira ocorreu em 1698; segundo o cônego Raimundo Trindade, tal achado se deu em 1705, com os sacerdotes acima mencionados; já César de Oliveira Faria, organizador da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, indica que os presbíteros passaram a atuar na região em 1764.
  4. ARQUIVO ECLESIÁSTICO DA DIOCESE DE ITABIRA-CORONEL FABRICIANO. Projeto para constituição da Diocese de Itabira. s.d. [após 1960]. Mimeo. p. 2.

Referâncias

BUARQUE, V. A. C.; PINHEIRO, C. F. S.; SANTOS, J. C. Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano – 50 anos de História. Belo Horizonte: O Lutador, 2015, v.1.


CLEVERSON F. S. PINHEIRO

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