PETRÓPOLIS; (Rio de Janeiro) – Diocese

De Dicionário de História Cultural de la Iglesía en América Latina
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A missão onde hoje compõe a Diocese de Petrópolis foi realizada, em grande parte, pelos jesuítas, beneditinos e carmelitas (região da Baixada Fluminense). Nos séculos XVIII e XIX contou, também, com a ajuda do clero secular que atuava em capelas das principais fazendas, como: Córrego Seco, Samambaia, Águas Claras, Bernardo de Proença e Padre Correia.

A 16 de julho de 1897, devido à Revolta da Armada, o Papa Leão XII desmembrou da Arquidiocese do Rio de Janeiro a paróquia de Petrópolis e transferiu para esta cidade a sede da recém-criada Diocese de Niterói. A 13 de abril de 1946, pela Bula Pastoralis qua Urgemur, o Papa Pio XII criou a Diocese de Petrópolis, com território desmembrado das Dioceses de Niterói e Barra do Piraí.

O território da nova Diocese compreendia os municípios: Petrópolis, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto, Magé, Guapimirim, Duque de Caxias, São João de Meriti, parte do município de Três Rios (Bemposta) e parte do município de Paraíba do Sul (Paróquia de Santana de Sebollas).

Instituições:

O Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino foi inaugurado no dia 15 de agosto de 1956. Possui o Seminário Menor, com Ensino Médio, e o Seminário Maior com os cursos superiores de Filosofia e Teologia ministrados na Universidade Católica de Petrópolis; A Universidade Católica de Petrópolis foi por Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, em maio de 1953. O primeiro curso foi o de Direito, instalado em 1954. Em 1956, com a aquisição do prédio do Grande Hotel, foi criada também a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e, mais tarde, a de Engenharia Industrial. Em 1961, a fusão das três faculdades resultou na fundação da Universidade Católica de Petrópolis.

A instituição foi reconhecida pelo Decreto 383, de 20 de dezembro de 1961. No final da década de 60, a Universidade adquiriu, também, o Colégio Notre Dame de Sion. No novo campus fundou o Colégio de Aplicação, com a finalidade propiciar estágio e pesquisa para alunos da Faculdade de Educação. Oferece 35 cursos de graduação, além de cursos de pós-graduação, mestrados e doutorado.

Os anos 80 trouxeram a conquista da concessão da Rádio UCP FM e, mais tarde, a Fundação Cultural Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra. O Instituto Teológico Franciscano foi criado em 1899. Em março de 2002, obteve o credenciamento do MEC, sendo autorizado o curso de Teologia, em nível de Bacharelado. Possui uma das melhores bibliotecas do gênero na América Latina, contando atualmente com mais de 125.000 títulos.

A Diocese de Petrópolis está situada no centro do Estado do Rio de Janeiro. Pertence à Província Eclesiástica de Niterói e integra o Regional Leste 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Possui superfície de 2.880 Km² e estimativa de 830.000 habitantes. Compreende as regiões: Litorânea (Magé e Guapimirim), Serrana (Petrópolis e Teresópolis) e Vertente do Paraíba (Distrito de Inconfidência do Município de Paraíba do Sul, Areal, Distrito de Bemposta do Município de Três Rios e São José do Vale do Rio Preto. A Diocese de Petrópolis conta (em 2016) com 46 paróquias, 70 sacerdotes, 20 diáconos permanentes e 2 transitórios, além das diversas famílias religiosas, vida consagrada, novas comunidades, pastorais e movimentos.

Episcopológico:

Entre 1897 e 1908, quando Petrópolis foi sede da Diocese de Niterói, exerceram o episcopado: Dom Francisco do Rego Maia e Dom João Francisco Braga. Com a criação da Diocese de Petrópolis: Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra – 1º Bispo Diocesano: 1948 a 1984; Dom José Fernandes Veloso - 2º Bispo Diocesano: Bispo de Petrópolis por sucessão de 1984 a 1996; Dom José Carlos de Lima Vaz, SJ – 3º Bispo Diocesano: 1996 a 2004; Dom Filippo Santoro - 4º Bispo Diocesano: 2004 a 2012; Dom Gregório Paixão, OSB - 5º Bispo Diocesano: a partir de 16 de dezembro de 2012.

Referências

FERREIRA, Mário Corrêa. História de um Prodígio. Petrópolis, 2001.

MITRA DIOCESANA DE PETRÓPOLIS. Estatutos, Diretórios e Subsídios da Diocese de Petrópolis, 1ª. edição. Petrópolis: Edições Diocese de Petrópolis, 2014. 155p.

ARAÚJO, José de Souza Azevedo Pizarro – 1753-1830. Rio de Janeiro: INEPAC, 2008. 2 V.

CAIO BOSCHI